quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Eu sou humano - Into the wild

Tô sumido. Tô em falta com os malucos que despendem tempo passando por aqui. E não tem desculpa. Podem jogar pedra na Geni com razão . O fato é que esta semana tive problemas. E destes problemas, eu criei uma porcentagem generosa E eu tentei resolver. Acho que conseguimos. Hoje eu vou dar uma de Paulo Coelho. Vou dar alguns conselhos pois eu aprendi muito sobre mim mesmo, sobre as pessoas e sobre o mundo.


A primeira coisa é que você precisa falar. Não tô dizendo sentar no boteco e ficar de papo sobre futebol, mulher e cerveja com seus manolos ou manolas camaradas. Falo sobre o que você está sentindo. E para isso você precisa falar com alguém que consiga entender o que você sente. É muito maneiro ter um monte gente nova do seu lado. Mas não esqueça dos que estiveram junto de você ao longo de anos. São eles é que são base e suporte.

O mundo é grande. Muito. E cada um interpreta a coisa de uma forma diferente. Não adianta exigir que a pessoa que você acabou de conhecer consiga entender o que você está dizendo. Ele nunca te viu. São culturas diferentes.

Enfim, o lance é que para isso é melhor conversar com alguém que compartilha com você dos mesmos símbolos, das mesmas referências. Em cada lugar do mundo, a mesma situação pode ser encarada de diferentes formas.

Sobre mim mesmo eu descobri que além de indestrutível, eu não sou auto suficiente e não tenho nervos de aço. E esta descoberta deu uma mexida boa em mim. Até então eu achava que era capaz de viver a margem da emoção e trabalhar apenas racionalmente.

Mentira, fui traído por mim mesmo num golpe duro, mas que me mostrou muita coisa. Foi impossível não pensar no filme e na história de vida que eu mais admiro: Into the Wild. A descoberta que Cris Macndless fez, foi a mesma que eu tive. Idêntica e assustadora. A felicidade só é boa quando é compartilhada.



Não adianta tentar afastar-se. Não adianta ficar invisível. Não adianta estar com um monte de gente. Mais uma vez eu me redescobri como ser humano. Ou melhor, eu descobri que eu sou um ser humano, pois até então eu também não conseguia me ver como tal. Sim, eu sei que é estranho isso.

Mas sabe quando você está em um lugar que você não tem nada a ver. É assim que é sempre me senti até pousar aqui nesse lugar gelado e longe de tudo. Hoje eu me sinto integrado a humanidade. E pronto para quando e dia de voltar chegar.

O Cris não voltou para resolver os problemas dele e compartilhar o que ele sentiu. Eu quero retornar para o mundo um pouco do que ele me deu. Pois um grande sonho é a aquele que a gente sonha junto.

Para compensar eu já vou sapecar outros posts pois nessa viagem doida que foi a última semana, muita coisa aconteceu galerinha!

Seguimos aqui enxugando gelo!

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