quarta-feira, 4 de maio de 2011

Bonde sem Freio 2 - Voando no Transsiberiano


Fala aí! Quem é que aguenta essa televisão né não? Uma semana inteira falando de casamento e quando a gente acha que vai trocar a ficha nego vai lá e pega o Osamão. Aí já viu né, mais uma semana falando do bomberman e dos capitão américa. Então aproveita, desliga essa porra e vem lê um pouquinho de cultura inútil sobre a Rússia!
Continuando.

Depois de me sentir novamente um ex-BBB dentro do bonde sem freio, era hora de sentar e pensar em como eu ia me comunicar com o pessoal já que inglês ali tava tenso. Bom antes de mais nada era melhor tomar uma cerveja para pensar. Claro, eu fui armado para o trem. Dois dias sem molhar o bico ia ser demais.

Então passei no mercado em comprei umas geladinhas (que nem tão geladas assim). Quando estourei a primeira foi a alegria da galera. Neguim apareceu com coxa de frango, salgadinho e tudo quando é tipo de petisco. E eu é que tive de ficar como garçom! Tenso!


Bom, depois de molhar o bico era hora de começar a missão. Tentei falar, e logicamente não deu para me fazer entender. E eu teria que ser rápido já que a tampa já tava enchendo e em pouco tempo nego não entender mais nada mesmo. Mas nada adiantava. Nada. A única palavra que eles conseguiam me entender era o nome da cidade. O rapaz que sentava na minha frente não falava direito.

O pai da família era o capitão do barco pirata bebendo igual o fim do mundo. O resto tava indo atrás. E eu lá, pensando em como resolver a treta. E além de tudo tava um calor dos inferno e eu tava apertado pra dar uma mijada. (foi mal, mas num dá pra dizer pipis né?)

Fiz isso. Levantei e saí da bolha alcólica para pensar por alguns e esvaziar o barril. Isso já devia ser altas horas da primeira noite no trem. O que rolou nessa hora? (calma aí, ninguém papou meu rabo no banheiro!) Um rapaz tava dando uma fumada perto, e mandou um “How are you?” bem marromenos, mas que já era mais que suficiente!


Já engatei uma conversa com o camarada, tentando explicar que eu precisava de ajuda. O nome dele é Max e acabou ficando meu peixe durante a viagem. Ou melhor eu virei o peixe. Falei com ele o que eu queria e ele, mesmo sem falar bem o english me entendeu. Disse ainda que a esposa dele mandava bem na gringa e que eu podia conversar com ela e explicar melhor toda a história.

O que rolou nessa treta você fica sabendo amanhã!
Sim, essa merda tá igual novela! Continua amanhã molecada!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Bonde sem Freio - Voando no Transsiberiano

Fala! Tamo sumido da área mas é que as últimas semanas estão sendo bastante complicadas. Então vou tentar manter algumas postagens com o que rolou nessa história toda. O lance é que para quem não sabe eu já tô no Brasil. No momento resolvendo muitas coisas importantes e que podem ser definitivas e trabalhando em novos projetos (sinônimo de desemprego). Mas daqui a pouco eu tô de volta de verdade! Enquanto isso vamo seguindo com algumas histórias da Rússia manolada.

Já até tinha falado aqui nessa budega sobre a questão do inglês. Lá é um pouco melhor que o Brasil manolão. O inglês é obrigatório em todas as escolas. Nego estuda a parada desde fraldinha. Porém, eles não tem muita chance de praticar, isso é fato. A treta é que eu fui andar no Transsiberiano! Fui dar um rolé no bondão sem freio do frião! É isso mesmo, um dos trens mais famosos do mundo! Experiência pra lá de fodástica.

Foram dois dias inteiros de viagem manolo. Num é mole não. Mas a treta é a seguinte: eu tava indo para São Petesburgo e não exatamente uma cidade pequena. São doze milhões de habitantes. É cidade grande e eu precisava achar o meu hotel lá. Fácil não ia ser e o melhor caminho para fazer isso era conhecer alguém no trem que poderia me ajudar. Tarefa difícil? Não para um bruxão brasileiro na Rússia.

Da esquerda para a direita: Serguey, Timur, Rosana, Alexandra, Alexey, Andrey e a cervejinha na mesa chamada Baltic.

É cidade grande e eu precisava achar o meu hotel lá. Fácil não ia ser e o melhor caminho para fazer isso era conhecer alguém no trem que poderia me ajudar. Tarefa difícil? Não para um bruxão brasileiro na Rússia.

O trem é dividido em cabines. As maiores são bem caras, por isso eu fui de econômica, claro! Meu forte não é grana não chefe! Quando sentei na cabine pensei: vamo ver o que vai vir.

Quando a galera chegou eu vi que a coisa ia ser animada. Uma família inteira, e mais um outro rapaz que estranhamente falava de um jeito que eu não entendia nada. Quando o pai da família sentou do meu lado meu perguntou algo em russo, que logicamente eu não sacava. O que eu podia fazer nessa hora? Lógico, dizer que eu era brasileiro. Isso é solução para tudo meu amigos. E assim fiz.

O mais doido aconteceu depois. O cara entrou em total estado de espanto e admiração e chamou todo mundo para ir lá ver o que era um brasileiro. Em menos de um minuto eu já tinha chegado ao meu objetivo e com louvor: eu já conhecia o vagão inteiro. O problema era que até ali, ninguém falava inglês. Como eu iria resolver essa treta? Claro, a primeira e melhor coisa a fazer era tomar uma cerveja.

Continuo esta história amanhã galerinha do ovomaltino!