segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A véia e o vagabundo - Nova temporada de LOST

Imagina a situação. Os caras tem um alfabeto que é todo diferente. O B aqui na Rússia é igual ao C mas o som é de "V". Deu para entender? Não né campeão. Eu também não endenti no início, mas é assim mesmo. Não adianta tentar falar português, eles não entendem bolinhas do que você tá falando. Então a primeira dica é: mantenha em sua carteira, anotado em um papelzinho, o seu endereço e se possível um mapa. Um mapa é necessário e eu já explico o porque.


Aqui,as coisas são muito parecidas. Quando eu digo coisas, estou falando das ruas e dos prédios. Não há muitas referências de lugar pois tudo é fechado. E até as existentes, por exemplo são difíceis de guardar, pois tudo aqui é colocado em russo. Pois bem, o primeiro de dia de trabalho não foi nada fácil. Um mapa é necessário pois até você explicar tudo já elvis, endenteu? Você pode precisar de um taxi por exemplo, o que aqui é muito comum.

A Julia, umas das russas que trabalham na Aiesec me levou e me apresentou ao povo do serviço. Eles são ótimos, os russos são muito parecidos com os brasileiros. Mas isso é assunto para um post inteiro. Ela me levou, mas claro manolo, eu tava acostumado com rua halfeld/bastista/getúlio vargas e quando muito são pedrão. Foda. aqui é tudo igual. Mais ou menos, mais é tudo igual Até eles se confundem. Mas com o tempo você vai percebendo a diferença.

Para chegar no trampo foi fácil. Isso por que a Julia me encontrou no centro e deixou o bonecão lá, de frente para o computador. Tenso foi na hora de voltar. Quem disse que acha? Eu sabia o ônibus que eu tinha que pegar, e o nome do lugar. Aqui, eles falam no sistema de som interno o nome de onde você está dentro do ônibus, pois as janelas ficam congeladas. É impossível ver qualquer coisa do lado de fora do baú. Quando falou alguma coisa Smirnova pensei: é nóis que voa bruxão, partiu.


Desci, e olhei. Cadê meu prédio? Não tinha a menor noção da onde eu tava. Começei a andar, e andar sem saber exatamente para onde ir. Bom, pensei: é melhor perguntar, no ruim, eles não vão entender. E foi isso que aconteceu. Mostrei o endereço no papel, e ninguém sabia. Eu só falava: I`m from Brasil! Genial isso não?

Enfim, até que cheguei perto de uma velhinha, mostrei e falei minha frase de sucesso: I`m from Brasil. Ela disse alguma coisa Brazilli que aqui é Brasil em russo e eu pensei: óia, ela sacou a minha.


Só que a velha me levou pra dentro da casa dela. Tenso. Fui parar na casa de uma pessoa que eu nem sabia o que falava comigo. Pensei puta que pariu, o que que eu to fazendo. Vai que essa véia é tarada e costa de um blackpower. Essa véia vai me pegar, óia, óia. Mas que nada! Sorte minha que ela não devia gostar de cabelo bombril. Ela só me achou com cara de bocó mesmo, e me ajudou.

Me levou na porta do meu apartamento. Tocou o interfone e quando eu ouvi hello, falei: véia danada. Lógico, ela num entendeu nada.

Tá perdido, então a dica é a seguinte: fala que é brasileiro. Todo mundo vai te ajudar manolo.

Próximo Capítulo e Update: amanhã vou pular etapas e falar sobre o atentado. O país ainda não assimilou bem. Aqui todo mundo não sabe como isso aconteceu pois hoje a Rússia é um país isento de guerras e conflitos.

Falo ainda sobre o dia de trabalho aqui, o inglês dos russos, a imagem deles para gente e sobre manolagem na Rússia.

3 comentários:

  1. hahaha
    Isso é verdade!
    Aqui na Turquia é só falar que sou do Brasil que todos abrem um sorriso e começam a falar de.... FUTEBOL! Mas te tratam muito bem e são bem pacientes! To adorando seus posts, são MUITO divertidos!

    Aproveite a experiência aí!

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  2. kkkkk, mto fera!!! to acompanhando todos!

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  3. Ah malaaandro!
    Cara, sensacional seus posts!
    To aqui firme e forte sempre maluco!
    Aproveita aih, apronta altas aventuras e mantenha a gente atualizado!
    Um abraço cara e tenha certeza que essa viagem só irá trazer coisas boas para você!
    É nóis que tá cachorro!

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