sábado, 22 de janeiro de 2011

Entrando no fundo - Da Rússia

Beleza, chegamos em Moscow. Deu até para fazer bastante coisa. Na noite da chegada estivemos em um restaurante da Georgia. Sim, é isso mesmo. Um lugar bacanudo. Ali eu começei a perceber o que este tempo aqui na Rússia estava me reservando. O pessoal aqui come bem, e come demais e come bem e come demais duas vezes.

Quando o pedido chegou, veio uma combuca até honesta com uma sopa muito boa, mesclando carnes e vegetais. Aqui o lance é sopa. Se sua mamãe não te ensinou a comer sopa, vai pros EUA comer Mcdonalds. Eles não comem este tipo de comida. Evitam mesmo. E eu gostei disso, eles é que tão certos!

Limpei o prato, e até pensei: podia rolar outra parada né? E rolou. A garçonete não parava de trazer coisas depois disso. Era pão que parecia pizza de queijo, espetinho que parecia churrasquinho, pedaço de pão pra lá e para cá, suco, mais pratos, sobremesa. Enfim, aquilo me deixou ferrado! Era comida demais.


No outro dia, hora de partir. O Jan, que nos recebeu em Moscow nos levou ao aeroporto. Minha namorada pegou o vôo dela e eu fui para o outro lado. Tenso. No aeroporto são poucos que falam inglês. Como que eu ia explicar que eu queria uma passagem para uma cidade no interior da Rússia que nem o nome se pronuncia do jeito que se escreve! (na verdade fala se Irjeiviskey) Jesus tem poder!

Enfim, fui ao balcão de informações e uma menina falava um inglês razoável (meu inglês é por aí também, mas ta indo manolo). Ela explicou onde era o guichê, fui até lá comprei a passagem, e consegui embarcar! Foi tranquilo. O tenso foi depois. Entrei no avião e aquilo tava parecendo gambiarra. Mas pensei também. Porra, se era para ficar com medo, que ficasse em casa. Se cair, caiu, fazer o quê?

Mas sorte que os garotos que estavam ao meu lado me pegaram na conversa. O Oleg e a Stacy, ambos russos. Viemos conversando durante uma hora e meia. Esqueci do avião e chegamos a Izhevsk.

Quando eu vi Moscow deu vontade de ficar por lá. Cidade grande, melhor e tal. Mas minha opinião mudou. Aqui, no interior as pessoas são ótimas. E a cidade é muito grande. São quase 800000 habitantes. Dá para perder de vista no horizonte.


Além disso aqui as pessoas são muito receptivas. A cidade tem um charme especial por conta disso. Todos aqui fazem planos, querem crescer. E isso faz bem para qualquer um. A estrutura é ótima. Aqui tem um shopping bem grande, cinemas, praças, catedrais típicas. Definitivamente não tem cara de cidade do interior. Além disso dizem que a noitada aqui é maneiríssima, e como meu chapéu branco está por aqui, vamos fazer um test drive de manolagem made in Brazil em breve com ele.

Não importa a definição. Se você está feliz, você está no lugar certo. Se é capital ou não, isso pouco importa.

Próxima confusão: perdido em Izhevsk

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