
Perder dinheiro, perder tempo e ver seu sonho acabar em um carimbo que marca seu passaporte para sempre não é fácil. O jeito? É levantar, sacudir a poeira, e partir para dentro de novo. Não adianta cruzar os braços e ficar esperando para ver se seu sonho passar na sua porta. Se você não botar no peito, a coisa não anda. E 2010, que julgo ter sido um ano importante, porém extremamente desgastante do ponto de vista mental e físico, a coisa caminhou assim, na marra.
Um ano para pagar as contas, e tentar de novo. E foi assim. No fim do ano, finalmente as boas notícias apareceram. A viagem para a Rússia. Quando recebi a ligação da Talitha, manager da vaga, (agradecimento especial para ela, espetacular em todas as etapas do projeto) eu não sabia nem o que falar. Foi realmente incrível. Na hora passou um turbilhão de coisas na cabeça.
A lembrança de que tudo isso começou na rua entregando papel. Enfim, naquela que encaro como a maior empreitada da minha vida. Todos perguntam por que escolher um país como a Rússia. Não há por que neste tipo de escolha. Há razões que te leva a crer que você está seguindo o caminho certo.

Mas a Rússia é um país que sempre me chamou atenção. Mesmo que não tenha dado certo, e a filosofia tenha sofrido todo tipo de distorção, é um país que um dia sonhou em igualar as oportunidades. Além disso, é um lugar distante, frio, com uma cultura completamente diferente do Brasil. Aqui, ninguém me conhece e se absolutamente eu tentar falar em português, eu não vou conseguir.
E por fim, a sensação de estar perdido em qualquer lugar do mundo. De não saber em que direção ir, de não saber como funciona, de errar, de aprender, de experimentar. É isso que eu quero. Um reset total.
Agora é hora de pegar minha única compania do Brasil aqui. Grande Sertão Veredas. O mundo é um Sertão a ser descoberto!
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